A mobilidade global atingiu um novo patamar em 2023. Dados da OCDE revelam que o número de imigrantes legais nos países mais desenvolvidos do mundo superou todas as expectativas, alcançando a marca histórica de 6,5 milhões de pessoas. Essa movimentação massiva, que vai muito além de uma simples retomada do período pré-pandemia, é impulsionada por diversos fatores.
A busca por mão de obra qualificada e não qualificada para suprir as lacunas deixadas pelo envelhecimento da população e a falta de interesse dos trabalhadores locais por determinados setores, como agricultura, construção e hotelaria, tem sido um dos principais atrativos para os imigrantes. A chegada desses profissionais tem sido fundamental para a recuperação econômica de muitos países, que enfrentaram desafios significativos nos últimos anos.
Paralelamente ao aumento da imigração legal, observa-se uma tendência de queda no número de pessoas que cruzam fronteiras irregularmente. Nos Estados Unidos e em países europeus, por exemplo, essa prática, que atingiu níveis recorde em anos anteriores, tem apresentado uma redução significativa.
No entanto, a crise migratória continua a ser um desafio global. Os pedidos de asilo nos países ricos também bateram um novo recorde, impulsionados principalmente por cidadãos da Venezuela, Colômbia e Síria. Os Estados Unidos lideram o ranking de países que receberam essas solicitações.
Apesar do cenário positivo para os imigrantes em 2023, as perspectivas para os próximos anos não são tão promissoras. Com a taxa de natalidade em queda nos países desenvolvidos e a necessidade de garantir a sustentabilidade dos sistemas previdenciários, é esperado que as oportunidades para os imigrantes diminuam a partir de 2025.
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