Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira (16) aponta que o consumo de tabaco caiu em 150 países em 2022. No Brasil, a redução foi de 35% desde 2010, tornando o país um dos líderes mundiais na área.
No entanto, a OMS alerta que o tabaco ainda mata 8 milhões de pessoas por ano, incluindo mais de 1 milhão de não fumantes que ficam expostos à fumaça.
“Estou surpreso com o quão longe a indústria do tabaco irá para buscar lucros às custas de inúmeras vidas”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O tabaco é a principal causa evitável de morte no mundo, sendo responsável por 22% das mortes por câncer, 12% das mortes por doenças cardiovasculares e 9% das mortes por doenças respiratórias.
No Brasil, o consumo de tabaco custa caro. Incluindo custos médicos diretos e indiretos, o país gasta aproximadamente R$ 125 bilhões por ano para combater doenças relacionadas ao uso de produtos que vem do tabaco.
Em 2023, foram registrados mais de 32 mil casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão, que têm o uso de tabaco relacionado em mais de 80% dos casos.
Ainda que os “cigarros brancos” não façam mais tanto sucesso entre os jovens, o “pen-drive” está em alta: mais de 2 milhões de brasileiros consomem diariamente cigarros eletrônicos.
Segundo a OMS, os cigarros eletrônicos podem ser tão prejudiciais quanto os cigarros tradicionais, e seu uso deve ser desencorajado.
A redução no consumo de tabaco é uma boa notícia, mas ainda há muito a ser feito para combater essa epidemia. É preciso continuar investindo em campanhas educativas e em políticas públicas que incentivem o abandono do tabagismo.
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