El Salvador encerrou o ano de 2024 com uma taxa histórica de homicídios: apenas 1,9 para cada 100 mil habitantes, consolidando-se como o país mais seguro do Ocidente. O feito foi comemorado pelo presidente Nayib Bukele, que usou suas redes sociais para destacar a transformação do país, que há uma década liderava o ranking mundial de violência, com 107 homicídios para cada 100 mil habitantes.
O sucesso no combate à violência em El Salvador é atribuído às medidas severas adotadas pelo governo de Bukele, de 43 anos. Após um massacre que vitimou 60 pessoas em um único dia, o presidente declarou estado de emergência nacional, ampliando os poderes das forças policiais e militares. Desde então, mais de 80 mil membros de gangues foram presos.
Sob o estado de exceção, a polícia e os militares podem deter qualquer pessoa suspeita de envolvimento com atividades criminosas, sem a necessidade de ordem judicial. Os membros identificados como integrantes de gangues são mantidos em condições extremamente rígidas: confinados sem acesso à luz solar, algemados nas mãos e nos pés, com alimentação básica e sem direito a visitas.
Embora a política tenha atraído críticas internacionais de organizações de direitos humanos, que classificam as medidas como punitivistas e abusivas, a população salvadorenha aprova em massa as ações de Bukele. Com uma taxa de aprovação de 91%, o jovem presidente é amplamente elogiado por restaurar a segurança e a ordem em um país que antes vivia sob a sombra do crime organizado.
A Polícia Nacional Civil (PNC) também destacou um marco significativo: no último dia de 2024, El Salvador registrou zero homicídios, algo impensável há poucos anos.
Enquanto El Salvador avança, o contraste com outros países da região chama atenção. A taxa de homicídios no país é agora drasticamente menor do que a média de 21 homicídios para cada 100 mil habitantes registrada em outras partes do mundo.
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