O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um relatório preocupante sobre a dívida pública brasileira, projetando um aumento significativo nos próximos anos. Segundo o FMI, a dívida bruta do Brasil deve saltar de 87,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 para 91,4% neste ano, e alcançar 98% em 2030.
A preocupação reside no ritmo de crescimento da dívida em comparação à capacidade do país de gerar riqueza. Atualmente, a dívida brasileira é considerada uma das mais altas entre as economias emergentes, superada apenas por Bahrein, Ucrânia e China.
O crescimento da dívida pressiona o país em três áreas principais:
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Juros Altos: Aumenta o custo para o governo se endividar, fazendo com que o gasto com juros supere as despesas combinadas de saúde e educação.
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Perda de Confiança: Afugenta investidores, o que tende a elevar a cotação do dólar e a inflação.
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Menor Investimento: Reduz a disponibilidade de recursos públicos para áreas cruciais como infraestrutura e fomento ao crescimento econômico.
Vale ressaltar que o cálculo do FMI, que inclui títulos do Tesouro Nacional, difere da metodologia do governo brasileiro, que estimou a dívida em 77,5% do PIB em agosto. O patamar projetado pelo FMI se assemelha ao caminho visto em outros países, como a Argentina, que também enfrentou uma dívida na casa dos 90% do PIB.

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