O Brasil enfrenta uma grave crise ambiental, com um aumento exponencial nos incêndios florestais. Nos últimos dois dias, o país concentrou 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul, totalizando 7.322 focos de incêndio. Mato Grosso, Amazonas, Pará e Acre lideram o ranking de estados mais atingidos.
A situação é ainda mais alarmante quando se considera o acumulado do ano. Até o momento, o Brasil já registrou 180.137 focos de incêndio em 2024, um aumento de 108% em relação ao mesmo período de 2023. A Amazônia é a região mais afetada, seguida pelo Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Caatinga.
Ações coordenadas e causas
As autoridades investigam a possibilidade de ações coordenadas por trás de parte dos incêndios. O uso do fogo para práticas agrícolas, proibido em diversas áreas, é apontado como uma das causas, intensificado pela seca prolongada e pelas mudanças climáticas.
A seca atinge 58% do território brasileiro, com um terço do país enfrentando seca severa. Essa condição, aliada às altas temperaturas, cria um ambiente propício à propagação do fogo.
Impactos para a saúde e meio ambiente
As consequências das queimadas são devastadoras. A fumaça proveniente dos incêndios prejudica a qualidade do ar, afetando a saúde da população, especialmente idosos e crianças. Cidades em diversas regiões do país foram atingidas por nuvens de fumaça, levando à recomendação de evitar a exposição ao ar livre.
Além dos impactos na saúde, os incêndios causam a perda de biodiversidade, empobrecem o solo e contribuem para o aumento das emissões de gases do efeito estufa, agravando a crise climática.
Comentários: