A escassez de chuvas no Brasil está colocando em risco o abastecimento de energia elétrica no país. Com os reservatórios das hidrelétricas secando, a geração de energia se torna cada vez mais comprometida, levando à necessidade de buscar fontes alternativas, mais caras e poluentes.
Os dados são alarmantes: a previsão é de que os reservatórios das hidrelétricas terminem o mês de outubro com menos de 40% da capacidade, uma queda de quase 7% em relação ao início do mês. Essa situação crítica é resultado da combinação de fatores como a diminuição das chuvas, que já estão 50% abaixo da média histórica para o ano, e o aumento da demanda por energia, impulsionado pelas altas temperaturas e pelo uso de equipamentos como ar-condicionado e ventiladores.
A dependência brasileira da energia hidrelétrica, que representa mais de 75% da matriz energética do país, torna a situação ainda mais preocupante. Com a redução do nível dos rios, as hidrelétricas perdem capacidade de gerar energia, o que obriga o governo a acionar as usinas termelétricas para suprir a demanda.
No entanto, a geração de energia por meio de usinas termelétricas é mais cara e poluente, já que depende da queima de combustíveis fósseis. Para arcar com os custos adicionais, o governo decidiu repassar o aumento para a conta de luz dos consumidores. A partir de outubro, haverá uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
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