A dívida bruta do Brasil atingiu um novo recorde em outubro de 2024, ultrapassando a marca de R$ 9 trilhões. De acordo com dados do Banco Central, o endividamento do país chegou a R$ 9,032 trilhões, representando um aumento de 1,16% em relação ao mês anterior e de 14,13% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) engloba as dívidas do governo federal, do INSS e dos governos estaduais e municipais. Desde o início de 2024, a dívida acumula um crescimento de R$ 952,6 bilhões, e desde o início do governo Lula, em 2023, o aumento já foi de R$ 1,8 trilhão.
A comparação com governos anteriores revela um crescimento acelerado da dívida nos últimos anos, especialmente durante os governos Dilma e Bolsonaro. O governo Lula, em menos de dois anos, já acumula um aumento de R$ 1,807 trilhão na DBGG.
A relação da dívida com o Produto Interno Bruto (PIB) também é preocupante. Em outubro de 2024, a dívida bruta correspondia a 78,64% do PIB, o maior nível desde outubro de 2021. Esse indicador mostra que o país está cada vez mais endividado em relação à sua capacidade de gerar riquezas.
Comparando governos anteriores, os números revelam o seguinte crescimento na DBGG:
- Governo Lula (2007-2010): R$ 674,9 bilhões
- Governo Dilma (2011-2014): R$ 1,241 trilhão
- Governo Dilma/Temer (2015-2018): R$ 2,020 trilhões
- Governo Bolsonaro (2019-2022): R$ 1,952 trilhão (Pandemia)
- Governo Lula (2023-2024): R$ 1,807 trilhão (Menos de 2 anos de governo)
Um dos principais fatores que contribuem para o aumento da dívida é o crescimento dos gastos com juros. A manutenção da taxa Selic em níveis elevados encarece o financiamento da dívida pública, pressionando ainda mais as contas do governo. Em outubro de 2024, os gastos com juros somaram R$ 111,6 bilhões, um aumento de 80,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O déficit nominal, que representa a diferença entre as receitas e as despesas do governo, incluindo os pagamentos de juros, também é elevado. Em outubro de 2024, o déficit nominal foi de R$ 74,1 bilhões. No acumulado de 12 meses, os gastos com juros da dívida alcançaram R$ 869,3 bilhões, contribuindo para um déficit nominal de R$ 1,093 trilhões, equivalente a 9,52% do PIB.
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