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Segunda-feira, 17 de Marco de 2025
Dívida Pública dispara e ultrapassa R$ 7,3 trilhões, pressionada por juros altos

Economia

Dívida Pública dispara e ultrapassa R$ 7,3 trilhões, pressionada por juros altos

Endividamento do governo registra maior alta em anos, mas permanece dentro da meta prevista

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A dívida pública brasileira encerrou 2024 em um novo recorde, atingindo a marca de R$ 7,316 trilhões, um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior. Impulsionada principalmente pelos altos juros, a escalada do endividamento colocou pressão nas contas públicas.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional, revelam que a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMI), que representa a maior parte da dívida, cresceu 11,13% em 2024. Esse crescimento foi impulsionado pela alta da taxa Selic, que elevou os custos de financiamento da dívida. A apropriação de juros, que corresponde aos pagamentos periódicos aos investidores, representou a maior parte desse aumento.

Colchão de segurança encolhe

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Apesar de a dívida ter ficado dentro da meta estabelecida pelo governo, o chamado "colchão de segurança" da dívida, uma reserva financeira utilizada em momentos de crise, apresentou uma redução significativa. Essa reserva, que serve como um amortecimento para eventuais choques econômicos, encerrou o ano em seu menor nível desde 2016.

Composição da dívida

A composição da dívida também sofreu alterações. A participação dos títulos indexados à taxa Selic, que oferecem maior rentabilidade em um cenário de juros elevados, aumentou significativamente, enquanto a fatia dos títulos prefixados, com rentabilidade definida no momento da emissão, diminuiu. Essa mudança reflete a preferência dos investidores por ativos com maior segurança em um ambiente de incerteza econômica.

Impacto do câmbio

A dívida externa brasileira também contribuiu para o aumento do endividamento total. A valorização do dólar ao longo de 2024 elevou o valor da dívida contraída em moeda estrangeira.

Perspectivas para 2025

A evolução da dívida pública em 2025 dependerá de diversos fatores, como a trajetória da taxa de juros, o crescimento econômico e as políticas fiscais do governo. Especialistas alertam para os riscos associados ao alto nível de endividamento, que podem limitar a capacidade de investimento do governo e aumentar a vulnerabilidade da economia a choques externos.

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