Neste domingo (9), eleitores de 21 países da União Europeia, incluindo França e Alemanha, participaram de uma eleição crucial para o Parlamento Europeu, que deverá deslocar a assembleia para a direita e aumentar o número de nacionalistas entre seus membros. Este pleito moldará a forma como a UE, um bloco de 450 milhões de cidadãos, enfrentará desafios globais, como a rivalidade industrial entre China e Estados Unidos, as mudanças climáticas, a imigração e a hostilidade da Rússia.
A votação começou na quinta-feira (6) na Holanda, com outros países seguindo na sexta e no sábado. No entanto, a maior parte dos votos será depositada hoje, com França, Alemanha, Polônia e Espanha abrindo as urnas, enquanto a Itália realiza um segundo dia de votação.
O Partido Popular Europeu (EPP), de centro-direita, deverá manter-se como o maior grupo do Parlamento Europeu. Isso coloca sua candidata à liderança da Comissão Europeia, a atual Ursula von der Leyen, da Alemanha, em posição favorável para um segundo mandato. Contudo, para garantir uma maioria parlamentar, von der Leyen pode precisar do apoio de nacionalistas de direita, como os "Irmãos de Itália", liderados pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o que conferiria a Meloni e seus aliados mais influência.
Com a inclinação à direita, o novo parlamento poderá demonstrar menos entusiasmo por políticas climáticas e pelas reformas necessárias para o alargamento da UE, ao mesmo tempo em que poderá facilitar medidas mais rígidas para limitar a imigração.
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