Após mais de um ano de uma campanha marcada por eventos extremos — desde a troca de candidatos até tentativas de assassinato — os eleitores americanos chegam ao aguardado Election Day. Diferente do Brasil, nos Estados Unidos o processo de votação se estende por dias, e hoje marca a última oportunidade de participação. O cenário, por sua vez, segue acirrado, com pesquisas revelando uma disputa “too close to call” (ou “apertada demais para prever”) entre os candidatos, sendo que Trump mantém uma leve vantagem em estados-chave, os swing states. Porém, a mídia reforça que ambos estão tecnicamente empatados.
A campanha intensificou-se nas últimas 24 horas, com os candidatos concentrando esforços na Pensilvânia, um estado historicamente decisivo. Estatísticas apontam que o vencedor no estado carrega uma chance de 90% de ganhar o pleito geral, já que é visto como um “microcosmo” da sociedade americana e entrega 19 valiosos votos no Colégio Eleitoral. Nenhum democrata, desde 1948, alcançou a presidência sem vencer por lá.
A eleição de hoje também define a composição do Congresso, com todos os 435 assentos da Câmara dos Deputados em disputa e 35 das 100 cadeiras do Senado. Além da escolha presidencial, os eleitores também decidirão o futuro legislativo do país, o que acrescenta complexidade ao desfecho.
Quanto ao resultado, ele não é esperado para hoje. Na eleição de 2020, o resultado final só foi consolidado quatro dias depois do Election Day, enquanto, em 2016, a vitória de Trump foi confirmada nas primeiras horas após a votação. Ainda assim, em 2012, Barack Obama foi declarado vencedor antes mesmo da meia-noite. O momento de revelação para 2024 é, portanto, incerto, e deve atrair atenção mundial até o anúncio oficial.
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