Uma estudante do Colégio Estadual do Campo de Godoy Moreira está sendo vítima de bullying por parte de colegas, tanto na escola quanto nas redes sociais. O caso, que se arrasta há algum tempo, se agravou na última quarta-feira (24/04), quando a jovem foi alvo de pichações no banheiro feminino da escola com ofensas e ameaças.
Segundo o relato da mãe da vítima, registrado na Polícia Militar no dia 26 de abril, as pichações foram feitas por alunas do sétimo ano do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio. As mensagens diziam "você é vagabunda", "nos vamos pegar você", "vamos te arrebentar", "sua biscate" e "filha da puta", entre outras ofensas.
Após o ocorrido, a adolescente, abalada, procurou a equipe pedagógica da escola, que acionou a mãe da jovem, que também é professora na instituição. A família da vítima, então, solicitou o registro do fato em ata e acionou o Conselho Tutelar, que, no entanto, não compareceu à reunião sem apresentar qualquer justificativa.
Na ata da reunião, estiveram presentes os pais da vítima e de algumas das alunas envolvidas, com exceção do pai de uma das agressoras, que também não se justificou por sua ausência. Durante a reunião, foi elaborado um relato do ocorrido, que consta anexado ao boletim de ocorrência.
No entanto, a situação não se limitou à escola. A mãe da vítima relata que, após o episódio das pichações, uma das alunas envolvidas no bullying fez diversas postagens em uma rede social, com ofensas e difamação da adolescente. Nas postagens, a agressora acusava a vítima de ter se relacionado com um garoto no banheiro masculino da escola e a chamava de "assanhada" e "mentirosa".
A família da vítima denunciou as postagens na rede social, que foram removidas. No entanto, a mãe da adolescente teme que as ofensas e ameaças continuem em outras redes sociais.
Diante do descaso do Conselho Tutelar e da persistência do bullying, a família da vítima busca por medidas que garantam a segurança e o bem-estar da adolescente. O caso é um triste exemplo da violência que ainda assola as escolas e da negligência por parte de autoridades que deveriam zelar pela proteção de crianças e adolescentes.
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