Um caso inusitado e com potencial para causar transtornos sérios marcou a vida de Rangel Almeida, de 48 anos, morador de Sertanópolis (PR). Ao realizar um ultrassom para verificar hérnias no abdômen, o homem recebeu um laudo médico com um diagnóstico inesperado: gravidez de 23 semanas e dois dias.
O erro ocorreu em uma clínica particular de Londrina, conveniada ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar). O exame, realizado no dia 11 de dezembro, indicava, além das hérnias, um feto em formação, com detalhes como comprimento do fêmur e peso estimado.
A confusão foi descoberta pela esposa de Rangel, que ao abrir o envelope com o resultado, notou a gravidade do erro. A clínica atribuiu a falha a um erro de digitação na identificação do laudo, mas o paciente questiona a responsabilidade da empresa e a falta de um pedido de desculpas formal.
"Fiquei meio constrangido porque a minha esposa entrou em contato com a clínica. Ela ligou. Eu acho que o mínimo que eles tinham que fazer era um pedido de desculpas", afirmou Rangel em entrevista à RPC.
O homem também expressou preocupação com as possíveis consequências de um erro desse tipo, citando o caso de um diagnóstico errado de câncer. "E se uma pessoa tem câncer? E fazem um diagnóstico errado, trocam o paciente e mandam para outra pessoa? A pessoa já ia ficar perplexa", comentou.
A Ultra-Clin, em nota, reconheceu o erro e pediu desculpas, atribuindo a falha a um problema de digitação. A clínica informou ter entrado em contato com o paciente para esclarecer a situação, mas não obteve retorno. A Prefeitura de Sertanópolis, por sua vez, informou que não há registro de reclamação formal por parte do paciente.
O caso serve como alerta para a importância da verificação cuidadosa dos resultados de exames médicos, especialmente quando envolvem diagnósticos graves ou que podem gerar grande impacto emocional. A falha humana, embora lamentável, evidencia a necessidade de protocolos mais rigorosos para evitar que erros como esse se repitam.
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