O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgado nesta quinta-feira (18/07), trouxe um panorama misto sobre a segurança pública no país. Se por um lado houve uma queda de 3,4% no número de homicídios em comparação com 2022, o que representa o menor número desde 2011, por outro, diversos outros indicadores apresentaram piora, como o aumento de estupros, crimes de racismo e ataques cibernéticos.
Em números absolutos, o Brasil continua sendo o país com maior número de homicídios no mundo, concentrando 10% dos assassinatos do planeta, mesmo representando apenas 3% da população global. Em termos proporcionais, a taxa de mortalidade por homicídio no Brasil ainda é alta, com 22 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, o que o coloca na 18ª posição entre 119 países. Para ser considerado um país "seguro", essa taxa precisa ser inferior a 5,8 mortes/100 mil habitantes.
Além dos homicídios, outros crimes preocupam
Enquanto os homicídios apresentam queda desde 2018, outros tipos de crimes tiveram um aumento significativo em 2023. O número de estupros no Brasil bateu recorde no ano passado, com um aumento de 6,5%. Já os registros de casos de racismo dispararam 127%.
Os crimes digitais também apresentaram um crescimento expressivo. Entre roubos e furtos de celulares, a média foi de quase dois aparelhos por minuto. Esse aumento está relacionado principalmente às fraudes com o PIX, que puxaram o número total de estelionatos para quase 2 milhões de casos, o que significa um golpe a cada 16 segundos no país.
Segurança pública é prioridade para os brasileiros
Com esses dados alarmantes, não é de se admirar que a segurança pública seja a principal preocupação dos brasileiros. Uma pesquisa recente apontou que essa é a principal questão que os eleitores levarão em consideração na hora de votar para prefeito nas eleições de outubro deste ano.
O que precisa ser feito?
Combater a violência no Brasil exige um esforço conjunto de diferentes setores da sociedade. É necessário investir em políticas públicas efetivas de segurança, educação e inclusão social. Além disso, é fundamental fortalecer as instituições responsáveis pela aplicação da lei e promover a cultura da paz.
Embora a queda nos homicídios seja um passo positivo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o Brasil se torne um país realmente seguro para todos os seus cidadãos.
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