O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou nesta sexta-feira (17) que irá analisar um acordo de cessar-fogo que pode interromper o conflito na Faixa de Gaza. A proposta, que já recebeu apoio de mediadores dos Estados Unidos e do Catar, será submetida a votações no gabinete de segurança e no conselho de ministros do governo israelense.
Em comunicado oficial, Netanyahu expressou gratidão à equipe de negociação e destacou o compromisso com os objetivos da guerra. “O Estado de Israel está comprometido em atingir todos os objetivos, incluindo o retorno de todos os nossos reféns, os vivos e os mortos”, declarou o primeiro-ministro.
A proposta prevê uma trégua inicial de seis semanas, durante a qual Israel começará a retirar gradualmente suas tropas de Gaza. Em troca, o Hamas deverá libertar 33 reféns. O acordo também contempla a libertação de palestinos presos por Israel e estabelece discussões para a formação de um governo alternativo em Gaza, além de planos para reconstruir a região.
Apesar do avanço diplomático, o clima de tensão persiste. As Forças de Defesa de Israel (FDI) continuam os bombardeios contra a Faixa de Gaza, com 50 alvos ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica atacados nas últimas 24 horas. Desde o anúncio do cessar-fogo, mais de 100 pessoas morreram na região, segundo autoridades locais.
O ministro da Segurança Pública, Itamar Ben-Gvir, já declarou que votará contra o acordo e ameaçou deixar o governo caso ele seja aprovado. “Adoro o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas o acordo que foi assinado é desastroso e liberta centenas de terroristas com sangue nas mãos”, afirmou em uma rede social.
Enquanto o governo israelense aguarda a aprovação formal do cessar-fogo, as famílias dos reféns foram notificadas para coordenar os preparativos para a possível libertação das pessoas mantidas pelo Hamas. A expectativa é que o processo tenha início no próximo domingo (19).
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