A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminaliza o porte de maconha para uso pessoal e o cultivo de até seis plantas de cannabis impulsionou um mercado que já demonstrava grande potencial no Brasil. A expectativa é que o setor movimente mais de R$ 500 milhões por ano, com empresas de diversos segmentos colhendo os frutos da nova regulamentação.
O mercado de acessórios para consumo de cannabis, como sedas, tabaco para enrolar, cuias e tesouras, já registra faturamentos expressivos. A Bem Bolado, empresa especializada em sedas, por exemplo, fatura cerca de R$ 40 milhões por ano. O consumo regular de maconha no Brasil, estimado em 2,8 milhões de pessoas, contribui para a alta demanda por esses produtos.
Um estudo da Kaya Mind aponta que o mercado da maconha em si poderia movimentar R$ 11 bilhões no país, caso a venda da droga fosse legalizada nos mesmos moldes de 24 estados dos EUA. A decisão do STF, ao deixar de enquadrar o plantio de seis espécies da cannabis como ilegal, abre portas para o crescimento de outros setores, como as growshops, estabelecimentos que vendem produtos e equipamentos para o cultivo das plantas, e empresas de educação sobre o cultivo, como a Reefer, que oferece consultorias e cursos para quem deseja cultivar a planta em casa.
A legalização do uso pessoal e do cultivo de cannabis no Brasil representa um marco histórico e abre um leque de oportunidades para o desenvolvimento de um mercado bilionário, com potencial para gerar empregos, arrecadar impostos e impulsionar a economia do país.
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