A Meta, gigante da tecnologia comandada por Mark Zuckerberg, anunciou o fim de seus programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), em uma decisão que segue os passos de empresas como Microsoft, Walmart, Toyota e McDonald’s. O movimento inclui a suspensão de iniciativas de contratação e treinamentos focados em inclusão, gerando grande repercussão no meio corporativo e político.
Além da Meta, a Amazon também revelou recentemente uma redução significativa em seus programas DEI, indicando uma tendência entre grandes corporações de tecnologia e varejo.
O anúncio da Meta chega em um momento de mudanças no cenário político dos Estados Unidos, com a empresa e seu CEO aparentando se alinhar à crescente onda conservadora representada pelo movimento "Make America Great Again" (MAGA) e ao presidente eleito Donald Trump. Exemplos desse alinhamento incluem a nomeação de Joel Kaplan, ex-assessor republicano, como diretor de assuntos globais da Meta, uma doação de US$ 1 milhão para a posse de Trump, e a inclusão de Dana White, CEO do UFC e aliado de Trump, no conselho da empresa.
Zuckerberg também ganhou os holofotes após sua participação no podcast The Joe Rogan Experience, onde revelou que a administração Biden pressionou a Meta durante a pandemia para reprimir conteúdos que questionassem a segurança das vacinas. A declaração gerou reações polarizadas, com defensores da liberdade de expressão aplaudindo a transparência, enquanto críticos apontaram para o impacto negativo da moderação de informações no debate público.
A decisão de encerrar os programas DEI também repercutiu negativamente em outros países. No Brasil, o presidente Lula criticou indiretamente Zuckerberg ao afirmar que “um cidadão não pode achar que tem o poder de ferir a soberania de uma nação”, enquanto o ministro Alexandre de Moraes também se manifestou em tom crítico.
Os usuários, por sua vez, estão reagindo. Dados do Google Trends mostram que termos como "como excluir o Facebook" e "alternativa ao Facebook" dispararam em pesquisas globais, com um aumento de mais de 5.000%. Plataformas como Bluesky têm ganhado destaque como possíveis alternativas à rede social de Zuckerberg.
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