Em um grave escândalo que abala a confiança internacional, a Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que funcionários de uma de suas agências no Oriente Médio podem ter colaborado com o grupo terrorista Hamas nos ataques de 7 de outubro contra Israel. A ofensiva, que resultou em mais de 1000 mortes, desencadeou uma nova onda de violência na região.
A Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) demitiu nove de seus colaboradores sob suspeita de envolvimento com o Hamas. Ainda não se sabe se os funcionários portaram armas, repassaram informações confidenciais ou prestaram suporte logístico para a invasão. A UNRWA, com um quadro de 13 mil funcionários, enfrenta agora uma séria crise de credibilidade.
Por décadas, a UNRWA tem sido a principal organização de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Contudo, as suspeitas de envolvimento com o Hamas não são recentes. No ano passado, a descoberta de túneis do grupo terrorista sob a sede da agência já havia levantado preocupações significativas. Esse episódio levou países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido a suspenderem temporariamente seu financiamento à UNRWA, embora a maioria tenha retomado os repasses posteriormente.
A situação na região continua a se deteriorar. O Hamas não atua mais isoladamente, recebendo apoio de terroristas do grupo libanês Hezbollah, que lançaram ataques com drones e foguetes contra o norte de Israel. Além disso, milícias aliadas ao Irã atacaram uma base americana no Iraque, exacerbando ainda mais as tensões.
O clima de hostilidade atingiu um novo ápice após a morte do principal chefe do Hamas em Teerã. Em resposta, o líder supremo do Irã prometeu vingança contra Israel, aumentando o risco de uma escalada no conflito.
Este cenário complexo e volátil exige uma resposta robusta da comunidade internacional, enquanto a ONU lida com as consequências de suas próprias falhas internas.
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