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Domingo, 20 de Abril de 2025
Petrobras quer licença para exploração de petróleo na foz do Amazonas

Economia

Petrobras quer licença para exploração de petróleo na foz do Amazonas

Última exigência para Ibama vistoriar instalação precede nova tentativa de perfuração em área de alta biodiversidade, gerando debate acalorado entre governo, empresa e ambientalistas

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A Petrobras finalizou a construção de um centro de reabilitação de animais silvestres no Amapá, cumprindo a última exigência pendente para tentar, mais uma vez, obter a crucial licença ambiental do Ibama para perfurar seu primeiro poço exploratório na Foz do Amazonas. A região integra a cobiçada Margem Equatorial, apontada como a nova fronteira do petróleo brasileiro.

A conclusão do centro de reabilitação representa um passo estratégico da estatal após o Ibama ter negado o pedido de licenciamento em 2023. Apesar do investimento na estrutura de apoio à fauna local, técnicos do órgão ambiental mantêm sua posição contrária à exploração na área, alegando que as mudanças no projeto apresentado pela Petrobras são insuficientes para mitigar os potenciais impactos ambientais.

A disputa em torno da exploração na Foz do Amazonas acende um debate acalorado. Ambientalistas manifestam profunda preocupação com a possibilidade de a liberação da licença abrir precedentes perigosos em uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. Eles temem que a atividade petrolífera possa causar danos irreparáveis aos ecossistemas marinhos e terrestres, afetando espécies únicas e o equilíbrio ambiental da área.

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Apesar das resistências, o interesse na Margem Equatorial é impulsionado pelo seu vasto potencial petrolífero. Estimativas apontam que a região pode conter entre 10 e 30 bilhões de barris de óleo, um volume que poderia dobrar ou até triplicar as atuais reservas brasileiras. Apenas um dos blocos exploratórios na área tem o potencial de produzir até 1,1 milhão de barris de petróleo por dia a partir de 2029. Para se ter uma ideia da magnitude, a produção diária atual do Brasil gira em torno de 3,2 milhões de barris.

A Petrobras demonstra urgência em obter a licença. A estatal está arcando com um custo diário de US$ 400 mil, e os gastos totais com os preparativos para a exploração já ultrapassam US$ 174 milhões. O tempo é um fator crítico, já que o contrato da sonda selecionada para realizar a perfuração expira em outubro deste ano. A aprovação do Ibama é, portanto, essencial para que a empresa possa dar seguimento aos seus planos de exploração na promissora Margem Equatorial.

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): InfoMoney | Reprodução
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