A tensão na Universidade de Columbia, em Nova York, atingiu um novo patamar nesta terça-feira (30/04), após a reitoria ameaçar suspender os alunos que participam dos protestos pró-Palestina e anti-Israel. Em resposta, os estudantes ocuparam um dos prédios administrativos do campus, intensificando o movimento que já dura uma semana.

Relembre o caso

Na semana passada, alunos da Columbia iniciaram manifestações exigindo que a universidade condenasse as ações de Israel em Gaza e rompesse relações com empresas que apoiam o país. As mobilizações rapidamente se espalharam para outras universidades dos Estados Unidos.

Ocupação e Reviravolta

Ontem, em repúdio à tentativa da reitoria de conter os protestos, os estudantes ocuparam o Hamilton Hall, um dos prédios administrativos da Columbia em Manhattan. Imagens mostram os jovens quebrando janelas, barricando as entradas e hasteando a bandeira da Palestina. A polícia foi acionada para tentar remover os manifestantes, mas a ação gerou ainda mais revolta.

Em meio ao caos, a reitoria da Columbia endureceu o tom e ameaçou expulsar os alunos que não desocupassem o prédio. A Casa Branca, por sua vez, condenou a ocupação, afirmando que "tomar edifícios à força é errado". O presidente Joe Biden, no entanto, ressaltou seu compromisso com a liberdade de expressão, mas reforçou que os protestos devem ser pacíficos e dentro da lei.

A ocupação do prédio da Columbia coloca a universidade em uma situação delicada. Se a mobilização continuar por muito tempo, o impasse pode se tornar uma questão nacional, exigindo a intervenção do governo americano. As próximas horas serão decisivas para o futuro dos protestos e para a reputação da instituição de ensino.