O dia seguinte à elevação das tarifas de importação pelo governo de Donald Trump trouxe menos turbulência do que o esperado para o mercado financeiro brasileiro. O dólar comercial fechou em queda, atingindo a menor cotação em quase seis meses, enquanto a bolsa de valores oscilou, mas encerrou o dia praticamente estável, destoando do cenário negativo das bolsas de Nova York.
Dólar em queda:
O dólar comercial encerrou a quinta-feira (3) cotado a R$ 5,629, com recuo de 1,23% (R$ 0,07). A moeda americana chegou a ser negociada abaixo de R$ 5,60 durante o dia, atingindo o menor valor desde outubro de 2024. A queda do dólar foi impulsionada pela interpretação de que o tarifaço de 10% para produtos latino-americanos, imposto pelo governo Trump, foi menos agressivo do que o esperado, o que atraiu investidores para o mercado brasileiro.
Bolsa brasileira na contramão:
Enquanto as bolsas de valores da Europa, Ásia e Estados Unidos registraram fortes quedas, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou com leve baixa de 0,04%, aos 131.141 pontos. O mercado brasileiro oscilou ao longo do dia, mas resistiu à turbulência global, impulsionado pela valorização do real e pela percepção de que o impacto do tarifaço de Trump seria limitado para o Brasil.
Cenário global:
O tarifaço de Trump, que impôs sobretaxas de 10% para a América Latina, 20% para a Europa e 30% para a Ásia, provocou forte instabilidade no mercado financeiro global. As bolsas de Nova York registraram as maiores quedas, com o Dow Jones recuando 3,98%, o Nasdaq perdendo 5,97% e o S&P 500 caindo 4,84%. A expectativa é de que as medidas protecionistas de Trump prejudiquem as empresas americanas e desacelerem a economia global.
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