O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (5) uma ordem executiva retirando o país do Conselho de Direitos Humanos da ONU e cortando o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). A medida, que reforça sua política "America First", ocorre no mesmo dia de um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington.
Trump justificou a decisão alegando que os EUA contribuem muito mais para a ONU do que se beneficiam dela. A retirada da UNRWA pode agravar ainda mais a crise humanitária na Faixa de Gaza, onde mais de 40 mil pessoas já morreram desde o início dos confrontos. A destruição do território e o deslocamento forçado de milhares de palestinos acendem o alerta para uma crise sem precedentes na região.
O impacto da decisão vai além do corte financeiro. Trump sugeriu que os palestinos "não têm outra alternativa a não ser deixar Gaza", mencionando a Jordânia como um possível destino para os refugiados. No entanto, o governo jordaniano rejeitou a proposta, ressaltando a complexidade geopolítica da questão.
Durante o encontro com Netanyahu, Trump também discutiu um possível cessar-fogo em Gaza, a libertação de reféns mantidos pelo Hamas e possíveis sanções ao Irã. A retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU sinaliza um endurecimento da postura americana em relação à diplomacia global e deve gerar reações da comunidade internacional.
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