O mercado de trabalho brasileiro apresentou sinais de arrefecimento em outubro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O país gerou 132,7 mil empregos formais no mês, o menor resultado para outubro desde a adoção da nova metodologia do Caged, em 2020. O número representa uma queda de 29,1% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram criados 187,1 mil postos, e ficou abaixo das expectativas dos economistas.
Desempenho Acumulado Positivo
Apesar da desaceleração em outubro, o acumulado de janeiro a outubro de 2024 mostra um saldo positivo de 2,1 milhões de empregos formais. Esse resultado elevou o total de trabalhadores com carteira assinada no setor público e privado para 47,6 milhões, representando um crescimento de 4,03% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Setores da Economia
O setor de serviços foi o grande destaque do mês, com a criação de 171.217 novos postos de trabalho. O comércio também contribuiu positivamente, com a geração de 44.299 empregos. Por outro lado, os setores de agropecuária (-5.757) e construção civil (-767) registraram saldo negativo. A indústria, embora tenha apresentado crescimento (+23.729), não foi suficiente para compensar a queda nos outros setores.
Admissões e Desligamentos
No mês de outubro, foram registradas 2.222.962 admissões e 2.090.248 desligamentos, resultando no saldo positivo de 132,7 mil empregos.
Perspectivas
A desaceleração na criação de empregos em outubro pode ser reflexo de um cenário econômico mais desafiador, com incertezas em relação à política econômica e à inflação. Além disso, a alta da taxa de juros pode ter contido os investimentos e, consequentemente, a geração de novos empregos.
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