Ontem, por volta das 22h, o Lago Guaíba, em Porto Alegre, atingiu a marca de 4,77 metros, superando o recorde histórico de 1941, quando a capital gaúcha vivenciou a sua maior enchente. A situação, apesar de preocupante, não se traduziu em inundações da mesma magnitude, graças às obras de contenção realizadas após o desastre de 1941, como a construção de um sistema de comportas e um muro de contenção.
Medição manual e alerta para os próximos dias
O atual nível do Guaíba só está sendo possível acompanhar por meio de medição manual, pois o sistema automático e online de controle parou de funcionar. Apesar da proteção proporcionada pelas obras de contenção, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, alerta para a possibilidade do nível da água superar o limite do sistema de segurança, caso as chuvas previstas para os próximos dias se concretizem.
Cenário de devastação no Rio Grande do Sul
As fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul já causaram 39 mortes, 68 desaparecidos e 74 feridos em todo o estado. A Defesa Civil estima que mais de 30 mil pessoas foram desalojadas e 235 dos 496 municípios gaúchos registraram algum tipo de problema relacionado às inundações, afetando mais de 350 mil pessoas no total.
Situação sob monitoramento constante
As autoridades locais continuam monitorando o nível do Guaíba de perto e pedem à população que evite áreas de risco e siga as orientações da Defesa Civil. O cenário é de apreensão, mas as obras de contenção realizadas no passado oferecem alguma esperança de que a devastação de 1941 não se repita.
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