O governo federal registrou um déficit de R$ 43 bilhões em 2024, equivalente a 0,36% do PIB, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Apesar do saldo negativo, o resultado representa uma melhora significativa em relação ao déficit de quase R$ 230 bilhões de 2023, uma queda de 81% no prejuízo fiscal.
O principal fator para essa recuperação foi o aumento na arrecadação, que atingiu R$ 2,65 trilhões, cerca de 10% a mais que no ano anterior. Esse montante representa o maior valor já registrado desde o início da série histórica, em 1995.
Mesmo com a redução do déficit, o resultado ainda fica aquém de 2022, quando o governo Bolsonaro encerrou o ano com superávit de R$ 54 bilhões.
Considerando apenas o déficit primário, que exclui despesas extraordinárias como os gastos emergenciais com as enchentes no Rio Grande do Sul, o valor ficou em R$ 11 bilhões (0,09% do PIB), dentro da meta fiscal estabelecida pelo governo.
O governo Lula tem adotado medidas para equilibrar as contas, como o reforço na fiscalização tributária e mudanças na arrecadação de impostos. No entanto, especialistas avaliam que o desafio para atingir o equilíbrio fiscal continua, especialmente diante das pressões por mais investimentos e gastos sociais.
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