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Sabado, 08 de Fevereiro de 2025
Movimento no Congresso busca alterar Lei da Ficha Limpa para viabilizar retorno de Bolsonaro em 2026

Política

Movimento no Congresso busca alterar Lei da Ficha Limpa para viabilizar retorno de Bolsonaro em 2026

Com apoio de parte do Centrão, deputados do PL discutem reduzir pena de inelegibilidade para crimes eleitorais; ex-presidente está inelegível até 2030, mas aliados já miram alternativas para 2026, incluindo familiares e nomes como Tarcísio de Freitas e Gusttavo Lima

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Enquanto muitos brasileiros ainda planejam seus objetivos para 2025, um grupo de deputados do Partido Liberal (PL), com o apoio de parte do Centrão, já está de olho em 2026. O objetivo é claro: trazer o ex-presidente Jair Bolsonaro de volta ao cenário político. No entanto, o caminho não é simples. Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022. O ex-presidente foi acusado de levantar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas em um evento oficial, o que o enquadrou na Lei da Ficha Limpa.

Agora, aliados do ex-presidente no Congresso Nacional estão discutindo uma mudança na própria Lei da Ficha Limpa — ironicamente criada e apoiada por membros da direita em 2010. A proposta em debate visa reduzir a pena de inelegibilidade para crimes eleitorais de 8 para 2 anos. Se aprovada até outubro deste ano, a mudança permitiria que Bolsonaro concorra nas eleições de 2026. A estratégia, no entanto, enfrenta resistência e críticas, especialmente de setores da oposição, que veem na proposta um claro benefício personalista.

Enquanto a incerteza paira no ar, outras figuras políticas já começam a se movimentar para ocupar o espaço que Bolsonaro pode deixar caso não consiga retornar. Entre os nomes cogitados estão o cantor Gusttavo Lima, o coach Pablo Marçal e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um dos principais aliados do ex-presidente. Além disso, Jair Bolsonaro já sinalizou a possibilidade de apoiar familiares, como o senador Flávio Bolsonaro e a deputada federal Michele Bolsonaro, em uma eventual candidatura.

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Esse tipo de manobra política não é novidade no Brasil. Em 1997, o Congresso aprovou uma mudança nas regras de reeleição para permitir que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disputasse um segundo mandato. Na época, o processo foi marcado por denúncias de compra de votos, mas o projeto foi aprovado e consolidou o modelo de reeleição no país.

Agora, a discussão sobre a alteração da Lei da Ficha Limpa reacende o debate sobre a influência de interesses pessoais e partidários na legislação eleitoral. Enquanto isso, o cenário político para 2026 começa a se desenhar, com Bolsonaro no centro das atenções, mas com outros nomes prontos para entrar em cena caso o plano não saia como o esperado.

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