Os Correios apresentaram, nesta quarta-feira (15), a primeira fase de seu plano de reestruturação financeira e operacional, visando a sustentabilidade e modernização da estatal. A medida mais urgente é a negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos, com garantia do Tesouro Nacional, para financiar as operações e buscar o equilíbrio financeiro no biênio 2025-2026, com meta de lucro a partir de 2027.
O novo presidente, Emmanoel Rondon, que assumiu há 21 dias, atribuiu o déficit - que saltou de R$ 1,3 bilhão no 1º semestre de 2024 para R$ 4,36 bilhões no mesmo período de 2025 - à concorrência no e-commerce e à perda de competitividade.
Entre as medidas anunciadas, estão:
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Corte de despesas operacionais e administrativas.
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Lançamento de um novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV), focado em áreas com ineficiência.
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Venda de imóveis ociosos para gerar receita e reduzir custos de manutenção.
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Renegociação de contratos com os maiores fornecedores.
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Diversificação de receitas com ampliação do portfólio de produtos e serviços, focando em experiências internacionais em logística e serviços financeiros.
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Busca por uma melhor solução para o Postalis, fundo de pensão dos funcionários.
Rondon enfatizou que o plano atual busca soluções estruturais, diferentemente do pacote emergencial lançado em maio de 2025. O objetivo é garantir a viabilidade da empresa, que possui uma vasta estrutura, presente em 100% dos municípios do Brasil, com mais de 10 mil agências e 80 mil empregados diretos.
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