Uma operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrada nesta terça-feira (23) desarticulou uma organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico de drogas em cinco municípios da região. Seis pessoas foram presas, incluindo a vereadora de Cambira, Aline dos Santos Macedo (PSC), e seu marido. O casal é apontado como dono das empresas utilizadas no esquema, que movimentou mais de R$ 20 milhões em cinco anos.
Segundo o delegado Ricardo Casanova, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), a investigação durou dois anos e identificou que os suspeitos utilizavam postos de combustíveis, mercados e estacionamentos para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas. "Eles movimentavam em torno de R$ 6 milhões ao ano, e declaravam renda de em torno de R$30 mil", disse o delegado.
Esquema sofisticado utilizava empresas de fachada e laranjas
A investigação da PCPR apurou que os suspeitos utilizavam diversas estratégias para ocultar a origem do dinheiro ilícito. Uma delas era a criação de empresas de fachada, em nome de laranjas, para operar os postos de combustíveis, mercados e estacionamentos.
"Acreditamos que a venda desses estabelecimentos tenha sido negócios simulados juridicamente, pois há indícios de que essas pessoas não adquiriram esses postos, mas simplesmente cederam seus nomes para que esses postos fossem registrados", salienta Casanova.
Bens de luxo apreendidos
Durante a operação, a PCPR apreendeu diversos bens de luxo dos suspeitos, incluindo um apartamento avaliado em R$ 2 milhões no Residencial Vallence, em Londrina, e uma SUV Land Rover. O veículo foi apreendido e o apartamento foi confiscado.
Investigações continuam
As seis pessoas presas na operação foram encaminhadas para a carceragem da PCPR em Londrina. A Polícia Civil segue investigando o caso e não descarta a prisão de outros envolvidos.
A operação contou com a participação da Denarc, do 4º Distrito Regional de Polícia (4º DRP), da 17ª Subdivisão Regional de Polícia (17ª SDP), da 2ª Companhia Independente de Policiamento Ostensivo (2ª CIO/Londrina) e do Batalhão de Choque da PCPR.
Comentários: