Um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou dados preocupantes sobre a jornada de trabalho dos brasileiros. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14), os trabalhadores por conta própria são os que mais dedicam tempo às suas atividades profissionais, com uma média de 45,3 horas semanais, enquanto a média nacional é de 39,1 horas.
Mais horas, menos remuneração
Apesar de maior dedicação, os profissionais autônomos são os que recebem a menor remuneração média mensal, de R$ 2.682, inferior à média nacional de R$ 3.215. Em contrapartida, os empregadores são os que mais ganham, com uma média de R$ 8.240.
Desigualdades regionais
A pesquisa também revelou disparidades regionais na jornada de trabalho. Os trabalhadores por conta própria de São Paulo são os que mais trabalham, com uma média de 46,9 horas semanais, seguidos pelos do Rio Grande do Sul (46,5) e Ceará (46,2). Entre os empregados, são os paulistas que lideram o ranking, com 40,7 horas semanais.
Perfil do trabalhador brasileiro
A Pnad Contínua, que acompanha o mercado de trabalho brasileiro, mostrou que a população ocupada no último trimestre de 2024 era de 103,8 milhões de pessoas. Deste total, 69,5% eram empregados, 25,1% trabalhavam por conta própria, 4,2% eram empregadores e 1,3% eram trabalhadores familiares auxiliares.
Desafios do mercado de trabalho
Os dados da pesquisa evidenciam os desafios enfrentados pelos trabalhadores brasileiros, especialmente pelos profissionais autônomos. A jornada exaustiva aliada à baixa remuneração demonstra a necessidade de políticas públicas que promovam condições de trabalho mais justas e dignas para essa categoria.
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