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CCJ da Câmara aprova PLP que transfere poder de legislar sobre armas para estados

Medida ainda precisa passar pelo Plenário da Câmara e gera polêmica entre defensores e críticos do controle de armas

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Por Tribuna Digital
CCJ da Câmara aprova PLP que transfere poder de legislar sobre armas para estados
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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados deu um passo importante na flexibilização do porte e posse de armas de fogo no Brasil. Na quarta-feira (24), o colegiado aprovou, por 34 votos a 30, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/23, que autoriza estados e o Distrito Federal a legislarem sobre o tema.

De autoria da deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da CCJ, a proposta ainda precisa ser analisada pelo Plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Se aprovada nas duas casas legislativas, a lei permitirá que cada estado defina suas próprias regras para porte e posse de armas para defesa pessoal, tiro desportivo e controle de espécies exóticas invasoras.

Pontos-chave do PLP e argumentos a favor da flexibilização

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O projeto estabelece que as autorizações de porte ou posse concedidas pelos estados só terão validade local e atenderão apenas a pessoas que comprovadamente residam no estado em questão. Para garantir o controle das armas, o texto inclui a obrigatoriedade de que os estados integrem seus sistemas de controle de armas ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Defensores da flexibilização argumentam que a medida permitirá que cada estado responda às suas necessidades específicas em relação à segurança pública. O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), relator do PLP na CCJ, defende que "cada estado deve decidir sobre o acesso às armas de fogo para defesa pessoal e tiro desportivo, por conta das peculiaridades regionais do Brasil".

Críticas ao PLP e defesa do Estatuto do Desarmamento

Por outro lado, opositores do PLP argumentam que a medida fragiliza o controle de armas no país e pode levar a um aumento da violência. O deputado Patrus Ananias (PT-MG) apresentou voto em separado pela inconstitucionalidade da proposta, alegando que ela viola o Estatuto do Desarmamento.

Segundo Patrus, a Constituição permite que estados e o DF legislem sobre questões específicas de matéria bélica, mas não que afrontem a legislação federal sobre armas de fogo. Ele afirma que, caso aprovada, a proposta será questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

O futuro do PLP e o debate sobre o controle de armas no Brasil

A aprovação do PLP na CCJ é um passo importante para a flexibilização do porte e posse de armas de fogo no Brasil, mas o futuro da medida ainda é incerto. A proposta precisa passar pelo Plenário da Câmara e pelo Senado antes de ser sancionada pelo presidente da República.

O debate sobre o controle de armas no Brasil é complexo e gera controvérsias acaloradas. É importante que todos os lados sejam ouvidos e que a decisão final seja tomada com base em dados concretos e na busca pelo bem-estar da população.

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