O setor público consolidado brasileiro, que engloba governo federal, estados, municípios e empresas estatais, fechou agosto de 2025 com um déficit primário de R$ 17,25 bilhões. Esse valor, que representa as despesas maiores que as receitas, embora negativo, ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa um rombo de R$ 19,1 bilhões, configurando o melhor resultado para o mês de agosto desde 2021.
No acumulado de janeiro a agosto, o déficit primário totaliza R$ 61,8 bilhões, aproximadamente 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB), evidenciando que o ajuste fiscal ainda é um desafio pendente no Brasil. A maior contribuição para esse déficit vem do governo federal, responsável por um rombo de R$ 84,6 bilhões no período. Em contrapartida, estados e municípios apresentam um superávit significativo, somando R$ 31,1 bilhões, o que alivia parcialmente as contas do setor público.
A dívida pública bruta se manteve elevada, alcançando 77,5% do PIB em agosto, cenário agravado pelos juros altos, que dificultam a redução rápida do endividamento. O mercado analisa esse desempenho como um progresso em relação a meses anteriores, mas ainda distante do necessário para garantir a sustentabilidade das finanças públicas brasileiras no longo prazo.

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