O desfile cívico-militar do Dia da Independência, realizado em Brasília, teve a soberania nacional como tema principal, em um ano marcado por tensões políticas e externas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva abriram o evento em carro aberto, sendo recebidos com gritos de "sem anistia" e "soberania não se negocia" pelo público, que, segundo as imagens da transmissão do canal do governo, não foi expressivo.
O evento de 2025 ocorreu em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos do 8 de janeiro. Aliados bolsonaristas e a oposição no Congresso Nacional tentam aprovar uma anistia para Bolsonaro e os participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023. Essa pressão política moldou o desfile, com a distribuição de bonés e a decoração das tribunas com a frase "Brasil Soberano". A segurança na capital também foi reforçada.
Outro pano de fundo do evento foi a crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos, provocada por declarações de Lula e Janja, que levaram o presidente norte-americano, Donald Trump, a impor tarifas comerciais ao Brasil. Em pronunciamento à nação na véspera do desfile, Lula destacou a importância da união dos brasileiros na defesa da democracia e das instituições.
O desfile, que durou cerca de 2 horas e foi encerrado com a exibição da Esquadrilha da Fumaça, contou com a presença de diversas alas militares, estudantes de escolas públicas e forças de segurança. Estiveram presentes o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e a maioria dos ministros do governo federal. As ausências notáveis foram as dos presidentes do STF e do Senado. Ao final, o presidente Lula desceu para cumprimentar o público.
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