A operação policial “Contenção”, realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em 138 mortes, tornando-se oficialmente a ação mais letal da história do estado. Iniciada na terça-feira (28 de outubro), a ação mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil e Militar com suporte do Ministério Público, visando cumprir mandados de prisão e conter a expansão do Comando Vermelho na região.
Os números oficiais do governo informavam pouco mais de 60 mortes, incluindo 4 policiais, até o amanhecer de quarta (29). Entretanto, relatos de moradores apontam que pelo menos 74 corpos foram retirados por familiares e levados até a Praça São Lucas, local próximo à operação, sem constar na contagem inicial. O governo promete uma perícia para avaliar se essas vítimas estão relacionadas diretamente à operação.
Durante os confrontos, houve intenso tiroteio na área da Serra da Misericórdia, especialmente em Vacaria. A ação também resultou na apreensão de 93 fuzis e mais de meia tonelada de drogas. Foram presos 81 suspeitos, entre eles “Belão”, um dos líderes do tráfico local. O governador Cláudio Castro (PL) defendeu a operação, destacando que o Estado age “com rigor e dentro da lei” e que não tolerará conivência com o crime, reforçando a intenção de transferir líderes presos para presídios federais.
A operação gerou severas críticas de ativistas e entidades de direitos humanos, principalmente devido ao alto número de mortos. Com o total de 138 confirmados, a ação será lembrada como a mais violenta já realizada no Rio, deixando dúvidas e intensos debates sobre segurança pública e direitos básicos.

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