O período de defeso da Piracema teve início neste sábado (1º), seguindo a Portaria IAT 377/2022, e se estenderá até 28 de fevereiro de 2026. A medida visa preservar a reprodução natural das espécies nativas da bacia hidrográfica do Rio Paraná, proibindo a pesca nesse período. A fiscalização será conduzida pelo Instituto Água e Terra (IAT), com apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA).
No último defeso, entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, foram aplicados 40 Autos de Infração Ambiental, totalizando multas de R$ 127,4 mil. Também houve apreensão de 44 quilos de peixes e equipamentos como redes, molinetes e anzóis usados irregularmente. A proibição abrangerá o rio Paraná, seus afluentes, lagos e reservatórios da região.
Entre as espécies protegidas estão o bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva. Peixes exóticos, como bagre-africano, black-bass, carpa e tilápia, não estão incluídos na restrição, exceto o piauçu, que tem pesca proibida durante todo o defeso. A legislação prevê multas de cerca de R$ 1.200 por pescador infrator e R$ 20 por quilo de peixe pescado, além da apreensão dos materiais e embarcações usados irregularmente.
O transporte e a comercialização de peixes nativos nesse período também são fiscalizados. “Os infratores terão seus peixes e, em alguns casos, embarcações apreendidas, podendo responder judicialmente”, alerta Álvaro César de Goes, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone 181.
Esta ação não só protege as espécies nativas, mas também desperta a consciência ambiental de turistas e pescadores, contribuindo para a preservação dos recursos naturais.

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