Depois de 7 mil aves serem infectadas pela doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, o governo decretou emergência sanitária animal. Para evitar uma maior contaminação, barreiras sanitárias foram instaladas, e parte das exportações de frango foram suspensas para 44 países.
O impacto desta medida é significativo, uma vez que o Brasil é o maior exportador de carnes de aves do mundo, com o Rio Grande do Sul sendo o terceiro maior produtor do país. A crise pode causar impactos econômicos substanciais. Atualmente, mais de 1 milhão de toneladas de proteína avícola são produzidas por mês, com 430 mil toneladas destinadas à exportação. A previsão é de que esse número caia para 370 mil toneladas, afetando a balança comercial.
As exportações gaúchas de carne de frango renderam US$ 630 milhões no primeiro semestre deste ano, representando 15% da produção nacional. Agora, com a suspensão das exportações, espera-se que uma maior parte da proteína avícola permaneça no mercado interno, possivelmente resultando em preços mais baixos para os consumidores brasileiros. Por outro lado, a balança comercial do país não deve sofrer impactos drásticos.
É importante destacar que a doença de Newcastle raramente afeta humanos, e os produtores afirmam que não há motivo para deixar de consumir carne de frango. Paralelamente, as exportações brasileiras enfrentam outros desafios. Em meio ao atrito entre o presidente Lula e o presidente argentino Milei, as vendas do Brasil para a Argentina caíram 37% no primeiro semestre, resultando na menor participação argentina na balança comercial brasileira em 33 anos, representando apenas 3,5%.
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