Em mais um capítulo da saga jurídica da Operação Lava Jato, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 3 votos a 2, manter a anulação das condenações do ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro. A decisão, que confirma o entendimento do ministro Dias Toffoli, representa um novo revés para a megaoperação que abalou o cenário político brasileiro nos últimos anos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia recorrido da decisão de Toffoli, buscando reverter a anulação das condenações de Pinheiro. No entanto, a maioria dos ministros da Segunda Turma entendeu que as provas apresentadas pela defesa, que apontavam para uma parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução dos processos, eram suficientes para justificar a anulação.
A defesa de Pinheiro havia solicitado a extensão de outras decisões de Toffoli que já haviam anulado procedimentos da Lava Jato, alegando que o ex-presidente da OAS também havia sido vítima da parcialidade de Moro. A argumentação da defesa foi acolhida pela maioria dos ministros do STF.
Com a decisão, Léo Pinheiro, um dos principais delatores da Lava Jato, tem suas condenações definitivamente anuladas. O empresário, que chegou a cumprir 3 anos e 4 meses de prisão, atualmente encontra-se em prisão domiciliar.
A decisão da Segunda Turma reforça as críticas à condução da Operação Lava Jato e levanta novas questões sobre a legalidade de algumas das condenações proferidas no âmbito da operação. A parcialidade de Moro, já reconhecida em outras decisões do STF, é um dos principais pontos de contestação.
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