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Sabado, 08 de Fevereiro de 2025
Venda de íris: O novo Eldorado digital ou um risco à privacidade?

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Venda de íris: O novo Eldorado digital ou um risco à privacidade?

Brasileiros fazem fila para vender seus dados biométricos em troca de criptomoedas, mas especialistas alertam para os perigos

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Uma nova febre tomou conta do Brasil: a venda de íris. Sim, você leu certo. Filas se formaram em São Paulo com pessoas dispostas a entregar seus dados biométricos mais sensíveis em troca de uma quantia em dinheiro. A proposta, aparentemente tentadora, levanta diversas questões sobre privacidade e segurança.

A iniciativa faz parte do projeto World ID, liderado por Sam Altman, CEO da OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT. A ideia é criar um “passaporte de humanidade”, utilizando a íris como forma de identificar indivíduos em um mundo cada vez mais digital e repleto de inteligências artificiais. Em troca do registro biométrico, os participantes recebem worldcoins, uma criptomoeda que vem ganhando valor no mercado.

No Brasil, a adesão ao projeto tem sido massiva, com mais de 100 mil pessoas já registradas em apenas dois meses. A promessa de um ganho rápido e fácil tem atraído principalmente pessoas de baixa renda, que veem na tecnologia uma oportunidade de melhorar sua situação financeira.

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Mas será que essa história é tão bonita assim?

A coleta de dados biométricos, como a íris, é extremamente sensível e levanta preocupações sobre privacidade. O dispositivo utilizado para o registro, o Orb, coleta uma série de informações além da íris, como a temperatura corporal e mapeamento facial. A empresa responsável pelo projeto, Tools for Humanity, garante a segurança dos dados, mas a ideia de entregar informações tão pessoais a uma grande empresa de tecnologia deixa muitos céticos.

Em outros países, como o Quênia e a Espanha, o projeto World ID já enfrentou obstáculos e até mesmo foi banido, devido a preocupações com a privacidade e o uso indevido dos dados. A Suprema Corte espanhola, por exemplo, proibiu a iniciativa em 2024.

E no Brasil?

A falta de regulamentação específica para esse tipo de atividade no Brasil torna o cenário ainda mais incerto. Enquanto alguns veem a venda de íris como uma oportunidade de gerar renda, outros alertam para os riscos de entregar seus dados a terceiros.

É importante que as pessoas estejam cientes dos riscos envolvidos e pesem cuidadosamente os benefícios e as desvantagens antes de tomar uma decisão. A venda de dados biométricos pode parecer uma solução rápida para problemas financeiros, mas as consequências a longo prazo podem ser imprevisíveis.

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